Mais uma vez, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se vê no centro de questionamentos sobre transparência no uso da máquina pública. Desta vez, o motivo foi a divulgação de uma lista incompleta com os integrantes da comitiva que viajou ao Vaticano para acompanhar o funeral do papa Francisco, ocorrido no último sábado (26), em Roma.
De acordo com o Palácio do Planalto, a delegação oficial contava com 20 pessoas, incluindo o próprio Lula, a primeira-dama Janja da Silva, quatro ministros, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, quatro senadores, oito deputados e o assessor especial Celso Amorim. No entanto, imagens do desembarque em solo italiano mostram que havia mais passageiros a bordo do avião presidencial do que os informados.
Entre os nomes omitidos está o da procuradora da Fazenda Nacional, Rita Nolasco, namorada do ministro Barroso, que foi flagrada descendo da aeronave militar KC-30 ao lado do chefe do Supremo Tribunal Federal. A presença de Nolasco não foi registrada na lista oficial divulgada à imprensa. A tesoureira do PT, Gleide Andrade, também não constava na lista oficial.
Outras figuras não identificadas também aparecem nas imagens, levantando suspeitas sobre a real composição da comitiva. Um exemplo é Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula. Ele esteve na comitiva e não foi mencionado na lista original. Hoje, ele atua em uma secretaria do Ministério do Trabalho.
A prática do governo de omitir nomes de assessores e acompanhantes em viagens internacionais não é novidade, mas volta a chamar atenção diante da falta de transparência no uso de recursos públicos, especialmente em deslocamentos feitos a bordo do avião presidencial.
Fonte;blogdedaltroemerenciano